Acabei de ler um texto que eu senti muita vontade de compartilhar com vocês.
Desculpe minha ausência, mas graças a Deus tenho trabalhado bastante e em breve (essa semana se tudo der certo) terei novidades! =)
Que vocês possam refletir sobre esse texto de um escritor que eu admiro demais, vou deixar o blog dele pra vocês no final do post.
Foto de Raquel Vilela |
"A morte está devorando histórias. Suas mandíbulas envenenadas rasgam sonhos e mastigam planos. É inimiga dos passeios. Vilã sem piedade.
Quantos abraços já não foram sugados por este abismo profundo? Muitas são as aflições que ela semeia nos olhos de quem tem medo de vê-la em algum canto da vida.
Famosos, anônimos, gigantes e esquecidos, ninguém pode impedir o golpe fatal.
Queremos fingir que nossa alma é tão veloz quanto a luz e a sombra do fim não irá alcançá-la assim sem avisar, sem preparar, sem suar a camisa. Clássico engano.
Viver vigiando todas as portas, aguardando sua chegada, é besteira. Isto só aumenta a ansiedade que diminuiu os dias de tantos.
Tentar prever a hora? Inútil tentativa. Então, o que fazer?
Podemos apenas viver bem, viver o bem, bem aqui onde estamos, onde somos, onde o fôlego é real. Deixar o Propósito guiar os passos.
Presidentes venerados, cantores conhecidos, amigos estimados. Plantados num chão sem sons.
Depois da notícia da partida prematura do Chorão, fiquei pensativo.
Sei que ele perdeu muitas chances de parar com as coisas que queriam pará-lo. Drogas, rumos irresponsáveis, escolhas suicidas, separações desnecessárias. No entanto, ele é igual a mim.
O pecado que o derrubou bate na minha cara todo dia.
Eu dependo do mesmo ar que ele já não tem mais.
Sou humano, tenho sonhos que ele devia ter. Talvez já compramos pão no mesmo local e nem sabemos.
Eu não sou melhor do que ele, apenas sirvo a UM que é melhor do que nós dois.
Refletindo. Orando. Dialogando com os mundos que me habitam. Sentido dor e tristeza. Tentando nadar contra um mar de receios. Cheguei na praia cansado, mas sentindo uma brisa de esperança. Ouvindo minha humanidade gritar “somos iguais”.
Acredito sim que alguns irão para o céu, e outros, infelizmente, não.
Mas não cabe a mim saber quem é ou não é do Senhor.
Como diz o meu amigo Alexandre Robles, são os anjos que receberam a missão de separar trigo de joio e colocar cada um no seu devido lugar eterno.
Minha missão é cantar o amor. É partilhar a fé. É impregnar-me de compaixão. É revelar minha fragilidade. É estender mão fraterna. É sofrer com os que sofrem. É agradecer aos que me fizeram bem."
Tenham uma linda semana.
Com amor,
Nicole ♥